domingo, 29 de março de 2015

CORRUPÇÃO



CORRUPÇÃO: fala-se muito que a política corrompe, mas penso diferente. No meu entendimento, a corrupção é um problema que está no próprio ser humano. Alguns povos são mais corruptos, outros menos, conforme a base na qual a nação foi construída. A corrupção acontece em qualquer situação. Mas a política propicia meios mais frequentes e de maior escala, por isso, os percentuais são tão chocantes. O link abaixo traz pesquisa da ICTS Protiviti, especializada em análise e gestão de risco, e mostra que 7 entre 10 jovens aceitam suborno, 82% aceitam atos anti-éticos, 68% hesitam em denunciar coisas erradas e de 56% a 59% decidem aceitar suborno e furto, respectivamente, conforme a situação. Como eu digo sempre, quem rouba uma caneta, rouba um país, pois ser honesto não tem tamanho.

http://noticias.r7.com/brasil/sete-em-cada-dez-jovens-tendem-a-aceitar-suborno-em-forma-de-presente-28032015

quarta-feira, 25 de março de 2015

REFORMA ELEITORAL

REFORMA ELEITORAL: A Câmara Federal, que pretende terminar a reforma política até final de maio/15, disponibiliza página para acompanhamento da evolução dos debates. Vale a pena acompanhar. A maioria dos deputados que participa da Comissão Especial, pretende apresentar uma única proposta (PEC), com tópicos destacados, permitindo votação individualizada dos temas. A maioria também é favor do fim da reeleição e de eleição em data única (municipal, estadual e federal). Outros temas em pauta, sobre os quais há bastante divergência dentro da Comissão, é o fim do voto obrigatório, financiamento de campanhas (público, privado ou misto); regras para coligações partidárias; sistema eleitoral (voto distrital, voto proporcional, turnos para eleições), cláusulas de desempenho (quantidade mínima de votos) para candidatos e para partidos (proposta do relator é de 3% dos votos nacionais e menos de 2% dos votos em pelo menos nove estados). Candidaturas avulsas (sem filiação a partidos) estão sendo excluídas da proposta pelo relator.

terça-feira, 24 de março de 2015

VERDADEIROS ENXADRISTAS


No início de março/2015, o Congresso Nacional aprovou mudança na criação de novos partidos políticos, de modo que as quase 500 mil assinaturas exigidas para viabilizar um novo partido sejam de pessoas não filiadas a nenhuma sigla, e que fusões só ocorram entre partidos criados há mais de 5 anos. Este projeto teria sido criado e votado, segundo bastidores, para impedir a refundação do PL (Partido Liberal) pelo Ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), pois conforme alegaram Renan Calheiros (PMDB), Presidente do Senado, e Eduardo Cunha (PMDB) em combate aberto dirigido à Presidenta Dilma, o verdadeiro objetivo da refundação do PL seria formar uma bancada governista, já que a legislação eleitoral permite que parlamentares migrem para novos partidos recém criados sem perderem seus mandatos. O projeto teria prazo até 24/03/15 para ser sancionado pela Presidenta. Enquanto isso, correligionários do Ministro Kassab (PSD) deram entrada no dia 23/03/15 no TSE no pedido refundação do PL no TSE, na esperança que, mesmo no advento da mudança da lei, o TSE venha a reconhecer que deve ser aplicada a lei vigente no dia da formalização do pedido. Mas...o PL não tem as 500 mil assinaturas exigidas pela lei eleitoral, e no pedido feito ao TSE, culpa os cartórios eleitorais pela morosidade na validação das assinaturas. E agora?

quarta-feira, 11 de março de 2015

QUE IMPEACHMENT QUE NADA!



Os grandes partidos estão insuflando há 3 meses a ideia do impeachment no povo. O povo achou que era sério e mobilizou até um movimento de rua marcado para o próximo domingo (15). Agora, há poucos dias do evento, os representantes dos grandes partidos declaram publica e taxativamente que são contra o impeachment, e que a manifestação pública do povo deve ser entendida apenas no sentido de se pedir mudanças sócio-econômicas. Marina Silva (PSB) declarou nesta terça-feira (10) em palestra para estudantes de Harvard (EUA) que “Governo não se troca como camisa”. Aécio Neves (PSDB), sempre sorridente, declarou nesta quarta-feira (11) apoio às manifestações de rua, mas deixou claro que “o impeachment não está na agenda do PSDB”. O PT e suas lideranças anti-Dilma, Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, simplesmente fazem de conta que o assunto não existe. Mas quem definiu toda a estratégia dessa história foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que apesar de ter encomendado há cerca de 1 mês parecer do jurista Ives Gandra Martins para embasar um possível pedido de impeachment, declarou à imprensa nesta terça-feira (10) que “Não é hora de afastar Dilma nem pactuar. O Impeachment não é uma coisa desejável e ninguém se propõe a liderar isso. O PT usa o impeachment para dizer que o PSDB quer, mas não é verdade.Impeachment é como bomba atômica, é para dissuadir, não para usar." Ou seja, todos eles usaram o povo, estimulando a ideia do impeachment, comprada e vendida rapidamente pela imprensa ávida por pauta, para no fundo, terem uma moeda de troca forte para pressionar a Presidenta a ceder nas negociatas de cargos e poder político. Afinal, quem seqüestra, não quer matar, quer extorquir. E foi isso que aconteceu.