quarta-feira, 24 de julho de 2013

O PAPEL DA MULHER NO ESPAÇO SÓCIO-POLÍTICO

A dualidade é a compreensão do funcionamento de algo através da análise de dois elementos opostos que reagem entre si. Dessa reação, surge o todo, como a luz e a sombra que resultam no equilíbrio, o dia e a noite que formam o passar do tempo, as cargas positiva e negativa que juntas resultam na energia elétrica, a união do homem e mulher que resultam na espécie humana.

O todo, portanto, é constituído sempre por duas metades, cada qual com características que se complementam.

A mulher, como gênero feminino da espécie humana, enfrentou, ao longo da história da humanidade, diferentes graus de discriminação.

Estereotipada, inferiorizada na força física, foi submetida a torturas, mortes violentas e servidão de homens que as julgavam bruxas ou mero objetos.

As mulheres, em geral, eram tidas como serviçais destituídas de poderes civis e expressão social, devendo limitar-se aos cuidados do lar, confecção de roupas, produção de fillhos.

Algumas, porém, se destacaram e tiveram acesso ao poder, seja de forma oficial, como rainhas, ou atuando como conselheiras de homens poderosos.

Lentamente, as mulheres adquiriram seus direitos e seu espaço como cidadãs. Foram às urnas e conquistaram o direito a usar o próprio sobrenome, ao invés de serem obrigadas a adotar o do marido, deixando no passado o estigma de ser um objeto de posse da família do homem, conquistando espaços predominantemente masculinos. Atualmente, a presença da mulher no espaço sócio-político oferece a chance de se buscar metas e objetivos de um grupo com maior eficiência, corrigindo a visão limitada e tendenciosa de apenas um gênero sexual.

A mulher possui atributos específicos, que diferem das características masculinas exatamente para tornar ambos complementares.

A mulher, com sua percepção aguçada, de natureza intuitiva, é capaz de enxergar os problemas e o mundo de forma ampla, pode somar suas características às do homem, que possui a combustão, a ação, o foco e a capacidade de enxergar o detalhamento nas decisões a serem tomadas.

Em outras palavras, a presença da mulher no poder aumenta o poder estratégico do grupo, pois a visão masculina tem por característica a ação e a visão focada, e a feminina, a reflexão e a visão do todo.

Essa união permitiria que a visão masculina focada no presente, se somasse à visão feminina pautada no amanhã, permitindo maior capacidade de planejamento e segurança, levando a sociedade a um equilíbrio que nunca foi experimentado.

Então, não é o papel da mulher, e nem deve ser ambição dela, substituir o homem no cenário sócio-político. Isso seria um retrocesso equivalente às perdas já sofridas pela humanidade.

Tendo homens e mulheres, capacidades neurológicas e cognitivas diferenciadas, adquirem grandes vantagens sobre os demais grupos quando trabalham juntos. Grandes empresas já sabem disso, e estou integrando mulheres em cargos de diretoria e gestão, e adquirindo forte vantagem competitiva diante de seus concorrentes. No cenário político, partidos ingressam mulheres em seus núcleos administrativos e filiados para obter maior capacidade de implantação de projetos e representação política.

Em seu novo papel, a mulher deve se preocupar em jamais perder suas características básicas, mantendo acesa a percepção aguçada do outro ser humano, a capacidade de transmitir compreensão e aceitação, oferecendo seu talento de apaziguadora para mediar debates e oferecer medidas flexíveis e comprometidas com o progresso sustentável do mundo.

Assim, o mundo das Amazonas, onde só vivem mulheres, não deve ser o mundo desejado pelas mulheres que atualmente ocupam cargos cada vez mais altos de liderança. O equilíbrio da sociedade só será atingido pela comunhão dos opostos, pela união das forças e pelo respeito às diferenças, com homens e mulheres trabalhando juntos e usando seus talentos para construir um novo mundo.

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